terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

"Sacul ta"

A luminosidade pousou sob meus olhos pálidos
havendo ali uma certa clareza
descolando no vazio de meu peito para o novo.
Enquanto isso, a escuridão vinha do além céu,
que buscava-se acertar a mente da jovem flor,
sempre que possivel calibrando a caricatura da face
inovando a singularidade elevada de um caminho
que aos olhos azuis se desdobrava em dois.
Em um desatino, o pulsar de minha alma
se fez diante de sua labuta escolha.
Talvez com o fascinio de um cisne,
amendrontado por meio de vigas maciças
que se viram soltas e sonolentas,
tudo seria somente o desejo de existir
como só os dois sabiam.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A face

Quando assim me encontro
estática
sentindo o tocar do vento
pasmo
calmo
pálido
sobretudo ardente
em minha face amarela,
vejo através de marés reluzentes
de algum estômago de elefantes
e eu o tenho como chão de giz de meu umbigo
porém me escandalizo ,
vendo o caracol do azul se abrir
para o amigo intimo e ínfimo de meu ser
enquanto a escada para o céu
levemente presente se abre
sugando minha alma adocicada
sorrateiramente indecente!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Labirinto do Eu

Envenenando as montanhas viris
que semeiam o novo mar profundo,
vejo o cálcio escracho da vida
que torna o horizonte surreal da alma.
Vem o cetro de ferro
bater nos verdes plantios
onde se vê filantrópicos fantasmas
abarcados por bucólicos bafos.
Enquanto isso no submundo senil,
vagam normas esquizóides
cegando a personalidade nata
que velejam,
gargalham
e assombram
a única saída do labirinto gentil:
a descoberta do Eu.








sábado, 2 de fevereiro de 2013

.

Ele queria ser nuvem
realizou o sonho
desnudou todos os mistérios
se sentiu amargurado
cometeu suicídio mental
acendeu um incenso
e viveu acanhado.